FUGIDIA
Surgem os raios, descortinando o dia,
Que ergue o sol detrás dos montes,
Das longínquas profundezas das águas,
Que pinta o céu, o mundo e meu querer.
Foi-se a lua, perdida, empalidecida,
Ofuscada pela lida, relegada pela luz,
Levando consigo a tua silhueta,
Que me olhava por toda madrugada.
É... Sempre te vás, fugidia, amedrontada,
Pelo dia, pelo sol, pela realidade da vida,
Para voltar majestosa na outra noite,
Maquiada dos mesmos sonhos impertinentes.
Espero-a toda noite, disfarçada na lua,
E quando chove, quando o céu se cobre,
Encobre também minhas memórias,
Faz-se vácuo no meu amor próprio,
Vão-se os versos do meu teorema.
Surgem os raios, descortinando o dia,
Que ergue o sol detrás dos montes,
Das longínquas profundezas das águas,
Que pinta o céu, o mundo e meu querer.
Foi-se a lua, perdida, empalidecida,
Ofuscada pela lida, relegada pela luz,
Levando consigo a tua silhueta,
Que me olhava por toda madrugada.
É... Sempre te vás, fugidia, amedrontada,
Pelo dia, pelo sol, pela realidade da vida,
Para voltar majestosa na outra noite,
Maquiada dos mesmos sonhos impertinentes.
Espero-a toda noite, disfarçada na lua,
E quando chove, quando o céu se cobre,
Encobre também minhas memórias,
Faz-se vácuo no meu amor próprio,
Vão-se os versos do meu teorema.