Saudade em Amor
“Quem ama, não esconde
O retrato da luz!”
Já dizia eu, num velho poema
Adormecido em meu baú de lamentos,
Lá d’onde o que nem tudo foi dito, versado,
Semeado, bebido pelos estados d’alma!
Na verdade, são quando as janelas abrem-se
À brisa, à magia de todo corpo celeste
Desnudando-se ao presente da noite, caindo
Em amiúdes presságios, desejos singulares!
Sublimares da pele em evidência
Prosaica, úmida como o lagrimejar
Desabrochando pela ternura dos seios
Uníssonos aos lábios, ao estreito de amar!
O divagar rompe o silêncio,
Em saudade à flor da pele aveludada,
Levemente insinuante por todos os versos
Cardinais condutores da voz, dos mistérios
Que cercam o amor quando de sinceridade entoa-se!
Não é verdade
Que os olhos não veem
O coração não sente!
02/11/2013
Porto Alegre - RS