Sal na Boca

Vai, esquece a luta

Finja que correu

Vê se esquece essa disputa

Vê se esquece que venceu

Mas vê se me escuta,

Você não é mais malandro do que eu

E que ninguém discuta

Nem sempre o derrotado é o que perdeu

Sigo sempre calma

Com o que Deus me deu

Não procuro noutra alma

O que já me pertenceu

Se pressinto o trauma

Não cobro de ninguém o que é meu

Quem minha boca salga

Não poderá provar do que escolheu

Rio, 31/10/2005