Amor novamente (paráfrase de poema romântico)
O ranger do portão anuncia
A nostalgia do teu sorriso.
A curiosa vizinha espreme o nariz contra ao vidro
E quase sente comigo o suspiro apaixonado.
Logo eu, que nunca soube rimar
Nem metrificar
Achei gozo em desabrochar teus lábios
Flertar com a tua mente
E despertar os desejos mais intensos.
Tinha esquecido como era bom
O deleite abobado de pegar na tua mão
Colecionar palavras meladas
Trocar carícias nas madrugadas
Fazer cerão.
Abandonei o luto
Mas ainda reluto
A entrega já prevista
Já vista
Em outras versões
Em outros verões.