Apenas o perfume

(Apenas o rastro do perfume)


Aquelas rosas da primavera, murcharam...
De sua beleza excessiva ficou apenas o rastro do perfume
Aprisionado em seus corpos inertes,
E sem lume.

Pela fragilidade das pétalas,
Pelo silêncio de suas vozes...
Sem que se ouvissem,
Qualquer queixume; divaguei...!

Seremos frágeis como as pétalas das rosas
Quando amamos...?!
Nos tornaremos poetas, todas as vezes,
Que por amor entristeçamos...?

Misturei-as ao sabonete...
Mesclei aqueles corpos singelos de botões com perfume e dei forma.
Embrulhei com véus finos e acrescentei um ornamento de estrela...
Que fosse sensível ao toque das mãos e, que arrancasse um lugar no coração...

E sem querer, aprisionei a saudade que trazia de você.
Que me fez querer tocar as nuvens no céu,
Que traduziu-se em leveza quando o senti do meu lado,
Do meu lado só você é o meu tudo.

De Magela e Elias


 
DE MAGELA POESIAS AO ACASO, Carmem Tereza Elias, Professora, Critica Literária e escritora e poetisa
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 30/10/2013
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