Relicário De Amor

Sem sentidos distantes e entre
Um poema que tatuei sem jeito
Um amor que invadiu meu peito
Com toques suaves no ventre

Sopros de moinhos emanados de vida
Qual um relicário guarda os sentimentos
Coleciono lados duplos em moedas de ventos
Uma paixão sem meio e sem medida

Rasgando nos ares a coroa em provas
Brincando com o destino sem mocidade
Afrontando o tempo com eternidade
Mostrando a cara lavada em águas de rosas

E o escapulário protetor da frente versa
Defronte do amor sem peso e sem razão
Num piscar e fechar de asas do coração
Ambidestra as emoções em mão reversa

Sem porquês e sem interrogações
Mantenho guardado no meu relicário
Sonhos e desejos, secreto e solitário...
Segredos e mistérios climas e estações

Liberdade pra eu voar, voltar ou partir...
Boa ventura faz-me seguir como um trem
Esse meu poder de sempre ver além
Amar acordar com rosa e sorrir.

Alinhando-me feito linha em equador
Assim é meu relicário de existir
Exigindo da vida sem nada exigir
Inspirando poemas em rosário de amor.

 
Son Dos Poemas