PEDAÇOS DE MIM
Meus versos são pedações de mim,
Num desfazer sem fim;
Meus versos são dores arrancadas,
D’alma machucada.
Meus versos são gotas d’orvalho,
Sob as pétalas dest’alma que chora
Meus versos são minhas aflições,
São os medos passados e medos de agora.
Meus versos são folhas arrancadas,
Que jazem úmidas, molhadas,
No limbo verde d’esperança;
São sonhos umedecidos em lágrimas,
São sonhos até onde est’alma alcança.
Meus versos são folhas verdes,
Arrancadas em tantos vendavais;
Meus versos são meus gritos,
São versos aflitos. São meus ais.