Pele Nua Alma Crua
No alto da ladeira de paralelepípedo,
Já anoiteceu...
Um chatô de madeira em cores naturais
Enfeita-se de nostalgia, pois a brisa
Brinda os tecidos n’um valsar de sublimar
Aquele corpo em ensaio pela penumbra!
Ao sofá alvo bordado em dourado
Deleita-se a flor em pétalas de seda bordô,
Os lábios cantam a canção, os versos
Que vento lapidou e em um beijo ofereceu
Nas abundâncias do tempo, uma história de lembrar!
A música toca baixinho, a ânsia de amar
Toma conta das mãos em desatinos,
Aflorando-se como uma roca de todos os sonhos
Girando e girando até o ecoar da noite caminhando,
Criando fábulas e segredos pelo amor!
Em pele nua e alma crua,
De ensejos os desejos acontecem, entontecem,
Bailam entre os pirilampos, brincando
Pelo instante de extasiar rompendo o silente
Dos sussurros embriagados, emotivos de ternura!
29/10/2013
Porto Alegre - RS