Espirais

Acendi-o

precisava de um trago.

E entre as espirais

perdido como eu mesmo

teu rosto surge a esmo

em imagem destorcida.

Prendo os olhos

espiro fundo.

O perfume na tua ausencia

me entorpece. Estremeço.

Por que não paro o passo

da dança na silhueta?

Por que você me envolve

nesse abraço tão faceta?

Por que não apago da mente

a minha visão de dentro

se você está ausente?

A fumaça sai num sopro

e teu rosto entre ela se refaz

é bom ver-te uma vez mais.

Mas, como tudo passa na vida

o bom mesmo foi a ida,

não voltam as espirais.

Sempresol

sempresol
Enviado por sempresol em 18/04/2007
Reeditado em 08/05/2008
Código do texto: T454777