Espirais
Acendi-o
precisava de um trago.
E entre as espirais
perdido como eu mesmo
teu rosto surge a esmo
em imagem destorcida.
Prendo os olhos
espiro fundo.
O perfume na tua ausencia
me entorpece. Estremeço.
Por que não paro o passo
da dança na silhueta?
Por que você me envolve
nesse abraço tão faceta?
Por que não apago da mente
a minha visão de dentro
se você está ausente?
A fumaça sai num sopro
e teu rosto entre ela se refaz
é bom ver-te uma vez mais.
Mas, como tudo passa na vida
o bom mesmo foi a ida,
não voltam as espirais.
Sempresol