A lua passageira
A lua passageira
Amada exaustivamente
Contenta-me, me inspira
Me Sacode, me deixa navegar...
As estrelas de brilho intenso suspiram
Aliviam, me confortam pela espera
Da presença do meu amor na janela...
Ou sentada na varanda
Preso entre as pernas
Um banco de madeira adaptado...
Acomoda o corpo na esperança
Da demorada chuva
Seja mesma temporária.
Faça jus ao tão esperado
Abraço tenro apontando
Para um céu escuro de passagem.
O céu quando fica bravo
Não empolga, escanteia a alegria
Sua limpeza em movimento é lenta
O infinito nesse tempo desata
Acomoda-se e não cria obstáculo:
Tão lindo o azul corrente a chegar.
Não se dar por satisfeito
Nem avisa hora de recuo.
Uma verdade nua, destoada
Às vezes não prevalece soberana.
Já faz tempo
O céu não para de chorar
Pesquisas mostram o comportamento
Da delicada falta de humor.
Os vícios soltos formam poças
Encharcam... Apodrecem o chão.