PALAVRAS DISPERSAS

A alguém que bem o merece

PALAVRAS DISPERSAS

O amor faz estranhos amigos que se podem transformar em inimigos

O que nos indica que temos o coração ferido

Porque nunca é tarde demais para reaprender a andar

Estou de novo a caminho depois de escorregar

E não consegues ver, o que o amor fez?

Esperei tanto que nunca acho que chegue a minha vez

Enquanto envolvo os meus braços em torno de ti

E te cubro de infinitas carícias porque há amores assim

Esperando que desta vez tenha encontrado um abrigo

Esperando que desta vez fique contigo

Porque me sinto envolvido por ondas de indizível afecto para o qual não tenho jeito

Enquanto me adapto à nova realidade e te baptizo com mais um beijo

Para celebrar a nossa união

Corpo pleno de uma comum religião

E eu estou tão cansado, mas sinto agora que vou começar

Mas bem devagar

Naquele lugar que nós desde sempre conhecemos, que parece um mito

Por tanto o procurarmos nessa estrada que leva ao infinito

Este bem pode ser o fim da inocência de acreditar que o amor é um simples lugar

Na impossibilidade tangível de contigo até às estrelas morrerem querer ficar

E olho por fim, olhos nos olhos a elas

De todas as mais belas

Sem medo, sem receios, pois os meus fantasmas estão a hibernar

Libertando em mim uma força enorme que ninguém pode controlar

Só eu

É a portentosa força do meu amar

E eu que estou a morrer todos os dias

Sinto um impulso estranho para viver

Contigo

Ou só nas infinitas palavras que tenho ainda para escrever

Em mil sóis que me iluminam e me abrem para a eternidade um caminho

Na convicção plena

Que é a mim que tu completas

Em mais algumas

Palavras dispersas…