No armário
No armário
Poesias atemporais
Costuradas em retalhos
Nem sempre subliminares
Versos rasgados em seda
Às vezes tecidos em chitas
Mofadas lembranças
Sofrimentos de amores
Inícios e fins que não cessam...
Paralelos por onde a esperança não anda
Detida na margem do outro lado
O sol cansado se deita
Aparece a lua sonolenta
Em quarto minguante
Com um brilho vazio...
Na fronte madura que fita o horizonte
Suave brisa arrepia
Cheiro de carne ausente
Corpos desfilam em fantasia
Escuro tempo de juventude
Vultos e ilusões em sombras
A lua agora se esconde
Nuvens não deixam esquecer
Revivendo... As horas passando...
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