Volúpia
Caminho de relevo suave
Que de leve mostra um outro ser,
Segredo que quero aprender
À desvendar nos teus lençóis
Hoje o que eu sei de nós
Nada mais é do que um cúmplice desejo
Duas bocas que impetram um beijo
Dois corpos que clamam: Calor!
Faz-de-conta, quimera real,
Perco os medos, uma sã loucura
Estremeço, em total volúpia
Mordo os lábios num gesto de malícia
Meu afago, que é teu, carícia
Que deleite, entregar-me assim!
Será lúcido, teu palpitar em mim
Corpo nu, sedução, oral.
Vejo tu, como Bem,(Meu mal)
Vício doce, apelo matinal
Desde o ocaso, até a manhã terei
Teus olhos, claros, sendo meu fanal.