Os olhos choram de saudade
Os olhos choram de saudade
A conversa entre si
Rendem lágrimas
Comovidos, se atrapalham.
O coração não vê
O que se passa lá em cima...
Dá-se conta pelas batidas.
Desanimado, protesta
Com inquietação tácita...
O corpo reconhece
Que foi avesso à provocação
Padece junto ás dores reconhecidas.
A alma que um dia
Foi gêmea, desistiu
Sabiamente renunciou
Pediu licença com elegância
Abdicou ao direito de ficar.
A saudade ainda existe
Hoje, o coração assiste
Guarda e se entrega a outro bem.