ESPELHOS
ESPELHOS
De tanto que eu fiz,
Que vivi e sorri,
Que chorei e parti.
Quando o meu nome te apunhalava,
Quando minha voz te engasgava,
De tanto que sonhei,
Das noites sem fim,
E dias também assim...
Quando cortei tua alma...
Sacrifiquei todas as promessas,
Amaldiçoei todas as verdades,
Adulterei a noite,
ocultei o dia...
Te matei pouco a pouco,
no mesmo instante que eu morria,
E se restou algo,
me perdi...
de mim mesmo, me perdi...
Tempos depois, ainda existe um espelho,
e dos fragmentos de mim mesmo.
Me restou aquilo que senti... Por ti tão somente.
Sérgio Ildefonso.24.10.13
Sérgio Ildefonso Poesias