////// A TEMPESTADE //////
EM MARES, NUNCA ANTES NAVEGADO,
ME SENTI ACUADO,
POR UMA TEMPESTADE,
ONDE NUVENS ESCURAS,
COLOCARAM-ME A PROVA,
TRAZENDO TEMOR,
NAQUELE DIA DE HORROR.
SEM A CALMARIA
DESCIA E SUBIA,
PELAS ONDAS,
PRESTES A SE DESMANCHAR,
COMO UM BARCO DE PAPEL,
ONDE EU, IMPLORAVA E DIZIA,
OH! TEMPESTADE CRUEL!
COM O MAR REVOLTO,
E UM LONGO CAMINHO A PERCORRER,
FUI SEGUINDO SEM CONTROLE,
DIANTE DA ESCURIDÃO,
NAVEGANDO NA ILUSÃO,
EM TAMANHA IMENSIDÃO.
COM O BARCO A DERIVA,
BUSQUEI SOCORRO DIVINO,
FOI ALGO QUE IMPRIMIR,
COMO MINHA ULTIMA ESPERANÇA,
POIS EM DEUS ESTAVA,
A MINHA CONFIANÇA.
O MAR E SUA GRANDEZA,
ME FEZ VIVER A CERTEZA,
QUE ERA EU,
UM MINUSCULO PONTO,
PERDIDO NO OCEANO,
ONDE POR MAIS QUE O ENGANO,
ME FIZESSE VALENTE E CORAJOSO,
SENTIA-ME COMO UM NAUFRAGO PERDIDO,
COM MEDO DO PERIGO,
É VERDADE O QUE DIGO!
A VELOCIDADE DOS VENTOS,
E A INTENSIDADE E FORÇA DAS ONDAS,
ME DEIXAVA AFLITO,
POIS NUNCA TINHA ME DEPARADO,
COM TAL SITUAÇÃO,
QUE ME DETERMINASSE,
MEDO AO CORAÇÃO.
SE O TEMPO AJUDAR,
VOU OUTRA VEZ NAVEGAR,
POR ÁGUAS QUE CONHEÇO,
E EM MAR ABERTO,
TRANSCENDER,
TODA MINHA VONTADE,
PELA NECESSIDADE DE VELEJAR,
E EM MAR CALMO, FLUTUAR.
SEGUINDO POR CAMINHOS,
ONDE OS VENTOS,
SÃO BRANDOS,
ONDE NÃO EXISTE SINAL,
DE NENHUM TEMPORAL.
ONDE EU POSSA,
IR E VOLTAR,
E ANCORAR POR ANSEIO,
NO MEU PORTO SEGURO,
SEM TEMOR E SEM RECEIO.
AGORA,
SEM ME INTIMIDAR,
VOU AS VELAS DO MEU BARCO IÇAR,
SEGUIR MAR A DENTRO,
EM TODA SUA EXTENSÃO,
COM ALEGRIA E EMOÇÃO,
DE QUEM SUPORTOU,
UM TEMPO ADVERSO,
E ME FEZ CITAR EM VERSOS,
A AGONIA QUE SUPORTEI,
OS LAMENTOS QUE SUFOQUEI,
DOS MOMENTOS,
QUE A DEUS INVOQUEI
PARA LIVRAR-ME DA TEMPESTADE,
DA PIOR SENSAÇÃO,
CONSTATADO,
PELO MEU CORAÇÃO.
IVANILDO NUNES
18/10/2012
23:50 Hs.