Cantorias de Amar
Enquanto a lua não aponta
Pelos céus da efêmera poética,
Tudo inclina-se ao embalo das ondas
Na areia deixando um verso,
Um versículo maculado... Mágica!
Etéreos sentires já pairam
Como notas flutuando n’uma partitura,
Escritas em apelos, elos d’um
Condão dourado sob os seios de colo nu,
D’onde pulsam cantorias de amor!
O longo cetim vela o corpo
Em fantasia rosa cor no espelho
Refletida, incontida, Afrodite de calar,
N’alma, estreito falar da voz
Em sussurros jogados a luz de rogar!
E por lá onde nascem os vinhedos
A palavra de amar se faz poema em pele,
Em corpo sangrando paixão, rastro de cometa
Pelo beijar instigante, inteiro aos olhos
Da noite divagando em antologias de orar!
E lá vem o Luar!
24/10/2013
Porto Alegre - RS