A ESPERANÇA QUE TRAZ O AMOR.
Parecia, não ter sangue nas veias.
Meu coração batucava agitado.
Nervosa, rasguei minhas finas meias.
Ao saber que você havia chegado.
*
Talvez, você nem tenha me reconhecido.
Ah! Nunca pensei, isso é castigo imerecido.
Meu corpo inteiro, desgovernado tremia.
Enquanto eu atordoada, felicidade fingia.
*
O amor que dedicava a você, era eterno.
Pensava em orquídeas e vidros de perfume.
Mas via minha paixão, vestindo um belo terno.
Com os bolsos cheios de mofo e de estrume.
*
O meu amor, ainda o espera, ardente.
Meu homem, galante, gentil e carinhoso.
Porque meu coração iludido, mas manhoso.
Insiste em acreditar que ainda o terei , ditoso.
*
Licia Falcão Rodrigues da Silva.