Amante do espaço

No meio do nada

de repente se encontrava

análogo à ausência do fato

um hiato. . .

No tempo e no espaço

um vazio em meio a multidão

um medo sem igual

apodera-se de seu coração.

A percepção do corpo mortal

da alma imortal

da razão que naufraga na loucura

na surda respiração.

Conta até dez até cem até mil

procura pensar com calma

tentando escapar deste ardil

que lhe consome a alma.

Mas felizmente morre lentamente

entre o bem e o mal

na dúvida não vira a mesa

porque com certeza.

Um amante do espaço

neste micro pedaço

de chão do mundo não mais

poderá viver.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 21/10/2013
Código do texto: T4535651
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