SENTE-SE SEDE


Como se fosse uma secura na boca ferindo lábios,
Sente-se sede de amor entrega junção carnal.
Reconhecimento de tudo no sagrado coração.
Procuram-se velhos amigos das longas datas.
Dispersaram-se nos destinos escolhidos por todos.

Ficaram nas recordações que o tempo não permite
Esquecer com o passar dos anos que seguem.
Sente-se falta dos primeiros e dos dias seguidos.
Do primeiro namorado ou talvez do último.
Também da primeira namorada, talvez a última.

Mãos vazias na busca incansável da perfeição.
Da pureza, sexo, carícia excitantes inexplicáveis.
Outros mil adjetivos desencontrados nos caminhos
Passados em aventuras de todo jeito, curtição.
Sente-se sede do verdadeiro amar por querer.

Essa sede será saciada no dia em que o ser
Retribuir plenamente os sedentos de amor.
Os carentes confiantes na harmonia sem ilusão.
Sede assustadora não da água potável, mas
De amores talvez insatisfeitos instigando o ser.


 




 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/10/2013
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