Amor de poetas!
Dor latente em peito
qual peixe fisgado no anzol
e quando puxado dilacera
a alma do opróbrio e nefasto
que sofre por infinita ausência!
Mudo, como um casulo,
recolhe-se a si!
Chora palavra!
Não a vejo ... chora!
No meio de flores beijávamos,
cuidadosos e eram tantos,
muitos choros,
choros lindos e tão reais!
Chora palavra!
Não a vejo ... chora!
Um amor tão terno,
lindas juras jamais antes ditas,
perfumadas, que hoje calam-se, silenciam!
Chora palavra!
A quero ... chora!
Se não puder chorar,
pelo menos um sol sustenido eu quero!
Chora palavra!
Chora ou cante!