Amor de poetas!

Dor latente em peito

qual peixe fisgado no anzol

e quando puxado dilacera

a alma do opróbrio e nefasto

que sofre por infinita ausência!

Mudo, como um casulo,

recolhe-se a si!

Chora palavra!

Não a vejo ... chora!

No meio de flores beijávamos,

cuidadosos e eram tantos,

muitos choros,

choros lindos e tão reais!

Chora palavra!

Não a vejo ... chora!

Um amor tão terno,

lindas juras jamais antes ditas,

perfumadas, que hoje calam-se, silenciam!

Chora palavra!

A quero ... chora!

Se não puder chorar,

pelo menos um sol sustenido eu quero!

Chora palavra!

Chora ou cante!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 21/10/2013
Reeditado em 21/10/2013
Código do texto: T4534671
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