Fantasia

Era na solidão que

tão profundamente penetrava

já não havia mais paixão

tão íntimo respirava

e no cerne desta razão

onde a essência se escondeu

já não é lugar, nem dor, nem eu.

E o mar já não existe

é no vai e vem das ondas

que o triste

sumiu também

ainda ardia em febre a madrugada

enrodilhada em sonhos, olhava

Com olhar de fantasia

nem quem era não sabia.

na lareira o fogo ainda crepitava

quando quase a chama apagava

ele chiava

melancólica melodia que não escutava

Perdão por este desabafo

pelo crepitar das chamas

pela expressão nua

é que no peito os espinhos

se cravam e esta busca de amor

se perpetua.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 21/10/2013
Código do texto: T4534478
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