SAUDADE

O barulho no restaurante,

da antiga rua da cidade,

fala do tempo que resta.

Vida que flui, pede passagem.

Sorriso maroto, gargalhada...

O menino desenha o espaço,

indiferente ao tempo.

Não sabe que o hoje

distorce a visão do futuro.

Cria imagens, conta histórias.

Luas que minguam e enchem,

nas noites das praias distantes.

Voltando ao tempo das brumas,

flutua no lago da vida,

sem pressa para ouvir o canto.

Quem olha o milagre do sonho

silencia e não ousa pensar a

saudade do que não conhece.

Fátima Souza
Enviado por Fátima Souza em 20/10/2013
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