Ironia, chuva na janela
Ironia, chuva na janela
O luar liquefeito escoria pelo chão
minha mente inquieta dizia volte,
meu corpo ainda não refeito do desejo,
deixei de ouvir, e vi-me só de todo.
Mas... Vai! Vai seguindo fiel o coração.
Um luar divino pairava,
e todo meu desgosto ansiava, o não ter,
o olhar quente, cheio de luz alucinante,
a boca imperiosa, que me despertava num beijo,
e, eu, docemente o amava...
Agora, fere-me a ironia,
pôr a nu a miséria que é a minha vida,
a repetir como os loucos. Amor, tão amor!
A esperança... A minha esperança!
A insistir desesperadamente.
É simples chuva na janela.
Nada, só chuva na janela!
Lakshmi
(L.T.)