Ironia, chuva na janela

Ironia, chuva na janela

O luar liquefeito escoria pelo chão

minha mente inquieta dizia volte,

meu corpo ainda não refeito do desejo,

deixei de ouvir, e vi-me só de todo.

Mas... Vai! Vai seguindo fiel o coração.

Um luar divino pairava,

e todo meu desgosto ansiava, o não ter,

o olhar quente, cheio de luz alucinante,

a boca imperiosa, que me despertava num beijo,

e, eu, docemente o amava...

Agora, fere-me a ironia,

pôr a nu a miséria que é a minha vida,

a repetir como os loucos. Amor, tão amor!

A esperança... A minha esperança!

A insistir desesperadamente.

É simples chuva na janela.

Nada, só chuva na janela!

Lakshmi

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 19/10/2013
Reeditado em 03/11/2013
Código do texto: T4532950
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