Amar
Amar
É como querer morrer, porém de vida
Entregar-se ao algoz, mas por vontade
Algemar-se, depois jogar a chave fora
Ser prisioneiro sem direito à liberdade
Submeter-se e atender à caprichos
Chorar sempre de desejo e tristeza
Fazer dos sentimentos um turbilhão
e virar no mundo as dores e a mesa
De tudo aceitar e aceitando entender
que amar é se vergar diante do amor
e se erguer para, novamente, ceder
É estar sempre viril e à disposição
para manter o amor em brasas
E, sem mais nem menos, perdão.
Mário Paternostro