Desejo e sina
Os amantes se perderam
Na noite escura e densa,
Aos olhos das estrelas nuas
Ao som do fado;
A música calma e intensa
Sofria de prazer e dor. Agonia.
Parecia um terno e eterno momento;
E soltam-se as amarras.
É o destino que se cumpriu;
Nada mais era proibido.
Juntas, a liberdade, a prisão,
As algemas desatadas. Gemidos.
Pelo sussurro das bocas,
Pelos poderes do desejo,
Pelo singrar das mãos galopantes,
Dava para sentir o cheiro do amor.
Mesmo que os amantes confundam
Pecado, desejo e sina;
E as leis rezem ao contrário,
O amor não nega o seu momento.