Ecos.

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Em plena dor da carne

não me toque a delicadeza.

Já estou ficando a sós -

junto desse rio, à margem estreita,

junto desse mar,

que só me trai,

que só me trai...

Tem essa distância ouvindo tudo,

apertando o nó da minha boca.

Tem um som batendo no meu sangue -

ele não é meu,

não é mais o meu.

Sinto o invento da tua lembrança,

não consigo mais sair da carne.

Minha dor na boca dessa angustia -

deixe me esquecer:

tente, tente me esquecer.

Patrícia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 18/10/2013
Reeditado em 18/10/2013
Código do texto: T4530340
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