Ecos.
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Em plena dor da carne
não me toque a delicadeza.
Já estou ficando a sós -
junto desse rio, à margem estreita,
junto desse mar,
que só me trai,
que só me trai...
Tem essa distância ouvindo tudo,
apertando o nó da minha boca.
Tem um som batendo no meu sangue -
ele não é meu,
não é mais o meu.
Sinto o invento da tua lembrança,
não consigo mais sair da carne.
Minha dor na boca dessa angustia -
deixe me esquecer:
tente, tente me esquecer.
Patrícia Porto