À espreita
sei que ondulas minha pele,
sentes meu beijo,
numa ânsia mantida a ferro e fogo,
mas que vendeste para se salvar
À espreita
tua alma, na minha mergulha,
como antes, com loucura,
bebes de meu sangue com ávida fúria,
depois foges querendo ficar
Ainda não posso te odiar o suficiente,
posto que teu hálito ainda consome meu quarto,
meu leito... meu peito !
Ainda aperto teus versos entre meus lábios !
Ainda ouço teus ventos sussurrados
enquanto corres ardil em minhas veias !
Ah... Desfolhas-te de teu âmago de privações !
Desces de teu altar e me veste !
Enterras teus infernos no meu palato...
Pousas em meu dorso todos os teus pecados !
Ateias-me agora tuas negras asas, Noite !
sentes meu beijo,
numa ânsia mantida a ferro e fogo,
mas que vendeste para se salvar
À espreita
tua alma, na minha mergulha,
como antes, com loucura,
bebes de meu sangue com ávida fúria,
depois foges querendo ficar
Ainda não posso te odiar o suficiente,
posto que teu hálito ainda consome meu quarto,
meu leito... meu peito !
Ainda aperto teus versos entre meus lábios !
Ainda ouço teus ventos sussurrados
enquanto corres ardil em minhas veias !
Ah... Desfolhas-te de teu âmago de privações !
Desces de teu altar e me veste !
Enterras teus infernos no meu palato...
Pousas em meu dorso todos os teus pecados !
Ateias-me agora tuas negras asas, Noite !
Denise Matos