NEM AMOR..TÃO POUCO AMIGOS

Gostaria que um anjo guiasse meus dedos,
E desse a exata extensão do que sinto,
Ao ver meus sonhos voarem pela janela.

Queria ser mais poeta do que sou agora,
Para mostrar tudo o que me vai na alma,
Mais só consigo deixar esta lágrima rolar,
E ver a "tua presença" se desintregrar,
Como um pesadelo imenso e ruim.

Queria apagar aquela noite diante da lua,
Pois, hoje sei que és comprometido,
E que teus olhos naquele noite mentiram,
Não foram meus em nenhum instante,
Eu não passei de uma amante eleita,
Para matar um mero e antigo desejo.

Posso hoje compreender o teu silencio,
E tantas coisas que foram ficando no ar,
Mas saiba que o teu maior erro foi pensar,
Que naquela noite eu não iria te amar,
E que meus sonhos haveriam de se acabar,
Assim como acabou todo o teu capricho.

Que pena poeta, eu só desejei te amar,
E agora aquelas tuas palavras mágicas,
Que prenderam-me com tanto encanto,
Escancaram todas as grandes ilusões,
Que foram escritas com tanto esmero.

Mas nada pode ser construído assim,
Pois a verdade aparece por fim.
E destroe sem piedade qualquer sentimento,
Por isso lamento e choro por este destino,
Pois, por te amar tanto restou-me um castigo,
O de ter que te esquecer por completo,
Pois nada foi verdadeiro, nem mesmo o amigo.

SereiaSP/2003
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 26/08/2005
Reeditado em 31/07/2016
Código do texto: T45294
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