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COMO O DIA


Assim, despede-se o dia

Do seu tempo de viver:

Entre laranjas , vermelhos,

E um raio de sol a morrer...

 

Um último grito de pássaro,

Cigarras no meio do mato

Cantando a não mais poder...

 

Despede-se o dia, sem dores,

Sem saudades ou temores,

Por trás daquela montanha,

Ele apenas adormece.

 

Vem a noite, ele se entrega

Ao seu escuro abraçar,

Sem receios do que é negro,

Sem desejos de brilhar.

 

Desperta o dia, sem planos,

Sem caminhos tracejados,

Entre amarelos, vermelhos,

Mil tons de um lindo rosado...

 

Desperta o dia, entre os risos

De um coral de passarinhos

Quer chova, quer faça sol,

Erguem voo de seus ninhos.

 

Vem o dia, vai-se o dia,

Chega a noite, vai-se a noite...

Os rosados e amarelos,

Os laranjas e vermelhos,

E os pretos cravejados,

E a lua nacarada,

E eu aqui, ao teu lado...





 

 

 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 17/10/2013
Reeditado em 21/10/2013
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