Chuvas anis
Justo hoje que o dia pedia bis
Que o plúmbeo caía
As nuvens partiam
Em chuvas anis...
Ah! Se soubesse quanto quis dizer:
- Espera-me, pois chegarei
encharcada da chuva
que cai sobre mim.
Espera-me que darei-lhe um
beijo da cor de carmim.
Mas sobraram só versos funestos.
E do canto da sala agourentos
fantasmas vem falar-me em vão.
- Estão despedidos malvados espectros
que ficam querendo que eu caia no chão.
Suas rondas noturnas não mais me abalam.
Sou serpente sagaz enrolada na cruz.
Não fujo da sina, só salto pra morte
e me viro pro norte, à procura de luz.
Mas a noite promete. Eu viro Babete
e vou te encontrar.
Passarei minhas unhas em sua crespa carne,
violenta e irada te amarei noite afora.
Grudarei em sua boca e darei-lhe
um beijo da cor da amora.
Você sedento pedirá bis.
E nunca mais se esquecerá
Desse dia de céu plúmbeo e chuvas anis.
Justo hoje que o dia pedia bis
Que o plúmbeo caía
As nuvens partiam
Em chuvas anis...
Ah! Se soubesse quanto quis dizer:
- Espera-me, pois chegarei
encharcada da chuva
que cai sobre mim.
Espera-me que darei-lhe um
beijo da cor de carmim.
Mas sobraram só versos funestos.
E do canto da sala agourentos
fantasmas vem falar-me em vão.
- Estão despedidos malvados espectros
que ficam querendo que eu caia no chão.
Suas rondas noturnas não mais me abalam.
Sou serpente sagaz enrolada na cruz.
Não fujo da sina, só salto pra morte
e me viro pro norte, à procura de luz.
Mas a noite promete. Eu viro Babete
e vou te encontrar.
Passarei minhas unhas em sua crespa carne,
violenta e irada te amarei noite afora.
Grudarei em sua boca e darei-lhe
um beijo da cor da amora.
Você sedento pedirá bis.
E nunca mais se esquecerá
Desse dia de céu plúmbeo e chuvas anis.