As duas frutas

Desligo de mim

tudo o que indesejo

para apenas sonhar com o mundo

e sê-lo entre sorrisos.

Teu desdém é fruta caída,

e tua ânsia louca

essa, da sorte, desvalida,

não me é mais vista

por aqueles antigos olhos.

Sou-me e isso me basta.

Não me embebede a cachaça.

Dela eu trago e gosto,

tomo-a até onde eu posso,

viva, doce e amarela

como se uma outra fruta me fosse ela.