Vastidão
Meu coração está trancado
Duro, ressecado
Não posso dizer se tem cura
É um sem fim de amargura
Meu riso é quebrado
Pedacinhos minúsculos de solidão
Horas demais no galope do prado
Somente as matas cinzentas na vastidão
Nada é como antes
O mundo gira sem parar
E instantes são apenas instantes
Não existe mais nada para afagar
Eu não existo sem amor
Galopo pela vastidão verde
Nada nem ninguém, apenas eu e minha dor
E a agonia de nunca mais ver-te.