O Silêncio das Horas
O SILÊNCIO DAS HORAS
O silêncio das horas são quase que
agonizantes, num paredão de espera sem fim.
Silêncio.
Nem mesmo o silvar do pássaro noturno
rasga a noite de seu silêncio penetrante.
Busco no horário as horas enfunáveis, pois
me perco entre os ponteiros da estrada sinuciosa.
O que há na espera ?
Silêncio, agonia, sofrimento.
Poços e poços de lamas vou fabricando
com minhas lagrimas, no deserto das esperanças.
Soluços invadem meu ser, descoberto pelo
sentimento mais puro.
Somente quando clareio meu ser com este
sentimento é que extraio forças para suportar a
separação, a ausência de teu ser.
Quanto tempo ainda preciso para te encontrar ?
Serão anos, dias, horas.
Continuo na solidão da noite a te procurar.
Voltes estou a te esperar!
Paulo Mello
22.03.2002