Se amasse você
Se mergulhasse nesse mistério
Contido em seu olhar
Criptografado por sua alma
Se amasse você
Se pulasse no abismo
De olhos fechados
Mas de espírito aberto.
Com braços hábeis para dar afeto.
Para lhe afagar a cabeça
Se amasse você
Pudesse dar-lhe a vida,
O que há de melhor da vida,
O que há de melhor no mundo...
Mas, se dar a você tanto
e tudo, fosse ruim e decepcionante?
Se as palavras amáveis fossem
scripts já anteriormente
Recitados nos momentos cruciais.
Se eu pudesse responder
todas as suas perguntas
sanear todos os erros,
aplacar todas as dores
feito um anestésio telepático
e instantâneo...
Se eu pudesse amar você
Desejar-lhe tão imensamente
temporalmente, e
geograficamente
De forma vil e disponível.
De forma digna e singular.
De forma única ou banal.
Se eu pudesse completar
suas frases.
Preencher suas lacunas.
Aliviar seu carma.
Reescrever sua estória.
E apagar seus tropeços e borrões
Que maculam as
páginas da existência.
Utilizar a borracha mágica do
esquecimento.
Para não precisar de perdão.
Se eu pudesse amar você.
Amarrar você no cais imaginário
da paixão
E submeter-lhe a uma tempestade
de afeto e carinho
Até que toda sua carência
simplesmente desaparecesse...
E, se diante desse amor
tão perfeito
demasiadamente perfeito e
humano.
Eu então pecasse mortalmente
Ao descobrir que tanto amor que
eu tinha se foi.
Esvaziou-se.
Derreteu.
Desintegrou-se.
Subitamente
Foi sorvido pelo ralo da tristeza
e da melancolia.
Se eu amasse você
Talvez não lhe informar
toda a verdade
Não lhe exigisse nada
Não lhe perguntasse tanto.
Não lhe controlasse.
Ignorava-lhe solenemente
sob olhar compassivo e benévolo.
Dar-lhe-ia um sorriso em conta-gotas.
E não minhas lágrimas geométricas
A perfurar a loucura da indiferença.
Um fastio pastoso de desamor
tristeza.
Se mergulhasse nesse mistério
Contido em seu olhar
Criptografado por sua alma
Se amasse você
Se pulasse no abismo
De olhos fechados
Mas de espírito aberto.
Com braços hábeis para dar afeto.
Para lhe afagar a cabeça
Se amasse você
Pudesse dar-lhe a vida,
O que há de melhor da vida,
O que há de melhor no mundo...
Mas, se dar a você tanto
e tudo, fosse ruim e decepcionante?
Se as palavras amáveis fossem
scripts já anteriormente
Recitados nos momentos cruciais.
Se eu pudesse responder
todas as suas perguntas
sanear todos os erros,
aplacar todas as dores
feito um anestésio telepático
e instantâneo...
Se eu pudesse amar você
Desejar-lhe tão imensamente
temporalmente, e
geograficamente
De forma vil e disponível.
De forma digna e singular.
De forma única ou banal.
Se eu pudesse completar
suas frases.
Preencher suas lacunas.
Aliviar seu carma.
Reescrever sua estória.
E apagar seus tropeços e borrões
Que maculam as
páginas da existência.
Utilizar a borracha mágica do
esquecimento.
Para não precisar de perdão.
Se eu pudesse amar você.
Amarrar você no cais imaginário
da paixão
E submeter-lhe a uma tempestade
de afeto e carinho
Até que toda sua carência
simplesmente desaparecesse...
E, se diante desse amor
tão perfeito
demasiadamente perfeito e
humano.
Eu então pecasse mortalmente
Ao descobrir que tanto amor que
eu tinha se foi.
Esvaziou-se.
Derreteu.
Desintegrou-se.
Subitamente
Foi sorvido pelo ralo da tristeza
e da melancolia.
Se eu amasse você
Talvez não lhe informar
toda a verdade
Não lhe exigisse nada
Não lhe perguntasse tanto.
Não lhe controlasse.
Ignorava-lhe solenemente
sob olhar compassivo e benévolo.
Dar-lhe-ia um sorriso em conta-gotas.
E não minhas lágrimas geométricas
A perfurar a loucura da indiferença.
Um fastio pastoso de desamor
tristeza.