Entre a noite e o dia
quantos segredos revelados,
quantos sonhos velados
sob os soluços dos olhos
e o arfar das poesias...
quantos segredos revelados,
quantos sonhos velados
sob os soluços dos olhos
e o arfar das poesias...
Se me visses de tuas trevas agora,
com essas penas entre os dedos,
talvez devolvesses meu destino
ou um pouco de sanidade !
com essas penas entre os dedos,
talvez devolvesses meu destino
ou um pouco de sanidade !
Se toda essa saudade desse paz
e não me roubasse mais a inocência,
não perambularia em nua essência
atordoada pela madrugada
à caça de tua respiração !
Já não seria maise não me roubasse mais a inocência,
não perambularia em nua essência
atordoada pela madrugada
à caça de tua respiração !
essas palavras poucas, pingadas,
na cabeceira deixadas
como gritos mudos,
como sussurros...
ecos de dor
que não ultrapassam muros
e apenas dizem a mim,
de mim,
dessa minha solidão...
Contra todos meus suspiros e avessos,
entre a noite e o dia
minha alma escorre vadia
querendo ser poema
no teu coração !
minha alma escorre vadia
querendo ser poema
no teu coração !