Raras Confissões
Sou grito do que vinha do breu,
Hoje brilho constante pelos versos
Oriundos da luz, mostrando-me
Entre outros avessos o amor
Em suas metáforas mais sensuais!
São nuvens abrindo-se ao beijo
De toda lua bordada nos céus de anis,
Cravejados em cintilantes estreitos
Entre veios sorvendo puro sentimento,
Um sublimar de melancolia em amares!
Quiçá do tempo fiel aos ventos
Envolvendo de estros toda a poesia
Nua pelo amor incontido, intuído
No fervor da hora imortalizada,
Marejada pela pele em flor aveludada!
Navega enfim, o cristal do pranto
Pelo corpo deleitado no marfim do tecido
Brilhante como estrela cometa,
Riscando em rabiscos toda uma era
De afagos e fulgores em tantas cores,
Alentos de uma alma em raras confissões!
14/10/2013
Porto Alegre - RS