A AÇUCENA E O COLIBRI

A AÇUCENA E O COLIBRI

Pergunta a açucena extasiada

A um colibri de voo belo e rasante

De asas vibrantes em frenesi dourado

Por que gostas de mim ave tão bela

E me beijas todos os dias com tanto ardor

Se nada tenho a dar-te nem sequer amor?

Ah, minha linda flor como te enganas

Tu tens o mais puro amor dos corações

O perfume que exalas do teu peito

Que perfuma o meu bico perfurante

Faço tudo para não te magoar

E sentir das tuas pétalas um amor pulsante.

Mas lindo beja-flor eu nã sou nobre

Nada tenho a oferecer-te além do olor

Tu és belo, és colorido, és multicor

Eu só tenho esta cor de lírio branco

Que morre em pouco tempo com o sol

Só me olham muito no raiar do dia.

Que importa singela flor das alvoradas

Se eu gosto de ti a toda hora

Para o amor não tem sol ou madrugada

Ele sempre está nos corações

Dos que amam verdadeiramente

Não reclames eu sou teu não peço nada.

FIM

"Pra não dizer que não falei das flores" nem do amor.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 14/10/2013
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