A AÇUCENA E O COLIBRI
A AÇUCENA E O COLIBRI
Pergunta a açucena extasiada
A um colibri de voo belo e rasante
De asas vibrantes em frenesi dourado
Por que gostas de mim ave tão bela
E me beijas todos os dias com tanto ardor
Se nada tenho a dar-te nem sequer amor?
Ah, minha linda flor como te enganas
Tu tens o mais puro amor dos corações
O perfume que exalas do teu peito
Que perfuma o meu bico perfurante
Faço tudo para não te magoar
E sentir das tuas pétalas um amor pulsante.
Mas lindo beja-flor eu nã sou nobre
Nada tenho a oferecer-te além do olor
Tu és belo, és colorido, és multicor
Eu só tenho esta cor de lírio branco
Que morre em pouco tempo com o sol
Só me olham muito no raiar do dia.
Que importa singela flor das alvoradas
Se eu gosto de ti a toda hora
Para o amor não tem sol ou madrugada
Ele sempre está nos corações
Dos que amam verdadeiramente
Não reclames eu sou teu não peço nada.
FIM
"Pra não dizer que não falei das flores" nem do amor.