AMOR DESMEDIDO!
Sempre me considerei um tolo enamorado
por conservar com carinho até desmedido
algo que me faz lembrar alguém, que
faz-me lembrar de um afeto que dediquei...
Por isso olhei com capacidade de escolha,
sem fantasia, meus olhos vasculharam os mais
escondidos recantos na confiança de encontrá-la
para poder dizer eu sempre te amei.
Tudo em vão embora com a sensação
que estavas ao meu lado, que deslizava
suavemente suas mãos sobre o meu
rosto em uma momentânea levitação...
Depois então a cruciante realidade, sem qualquer
rebuço os meus sonhos acabaram despencando em um
precipício e assim, senti uma imensa e crua aflição a mesma
que sem compaixão arremessou-me na solidão.
Por isso, mesmo que o sangue extravase das veias,
mesmo que uma nota de alegria se cale por meus tristes
pensamentos, não consentirei que os algozes da vida
prive-me do convívio de seu vulto.