DIGA NADA
Fiz uma carta de amor,
não tive como lhe enviar.
Coloquei, nela, a dor,
que sinto por tanto esperar,
a sua volta prometida,
quando, naquele verão,
me garantiu, na partida,
deixar o seu coração.
Ele, você não deixou,
sumiu pela vida afora.
Meu coração se fechou,
a chave foi jogada fora.
Dia e noite, o olhar
mantenho preso na estrada.
Se nela você apontar,
corra pra mim, diga nada.