Seresta de Amar Sussurrar
Não, não é tão somente poeira poética
No brilho dos versos alinhando-se ao dorso da folha,
Em verdade da noite já alta, este pó inebriante
Vem trazido pelos anjos, pela brisa
Convidando as letras a dançarem pelo botequim!
Os lábios vestem vermelho batom
A pelica dá delicadeza à pele vestida
Em azul madrugada, oh, serenata, ribaltas
A flertar pelo grande salão onde roda,
Rodopia em quase sofreguidão!
Harpas zarpam pelo silêncio
Envolvendo os seios no xale flamenco,
Tudo delira pelo orvalho umedecendo
O beijo, as cores do jardim suspenso
Entre os perfumes que levam ao sentir!
Oh, amor!
Em rimas ou brancos avessos,
Viaja-se pelo cosmo das frases que se calam
Em chamas sublimes, etéreas estrelas
Espalhadas pelo céu onde acontece o beijar,
O rumar pelo caminho das pétalas, ah...
Sussurrar!
12/10/2013
Porto Alegre - RS