OUTONO
OUTONO
Nesta manhã de outubro
Me desperto
Mais tua:
Encontro-me
Menos minha
Do que supunham
Tantos muros
E tantos subterfúgios
Para a falsa liberdade...
Teu rosto em minha mão,
O gosto
De teus silêncios
E o calor pulsante de teu verbo
Fizeram-se paz necessária
À minha guerra de porquês...
Talvez,
Nesta manhã de primavera,
Precisasse
De tuas auroras
Para sentir-me viva;
Talvez
Precisasse
De teu sol
Para que o dia
Florescesse em mim...