A praça

Antes cemitério, hoje fantasmas.

Cemitério que não assustava,

De uma linda praça arborizada,

E quando a noite chegava,

A praça mais me encantava.

Namorados a procuravam,

Seus bancos, disputados

Acolhiam o casais que se amavam

Alguns apenas sentavam e conversavam,

Outros, ali se enlaçavam.

Beijos quentes, língua a solta a procura de outra,

Mãos que algo buscavam, tateavam outros corpos,

apertava, amassava, se escondiam, reapareciam,

Mas sem nada encontrar,

Pois freneticamente voltava a procurar.

Hoje a praça é mais um local da lembrança,

Daquelas, que de voltar na mente não se cansa,

Das que me faz jovem, retorna a esperança

De voltar àquela praça, sentar em seu banco e reviver as lembranças.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 10/10/2013
Código do texto: T4519349
Classificação de conteúdo: seguro