A praça
Antes cemitério, hoje fantasmas.
Cemitério que não assustava,
De uma linda praça arborizada,
E quando a noite chegava,
A praça mais me encantava.
Namorados a procuravam,
Seus bancos, disputados
Acolhiam o casais que se amavam
Alguns apenas sentavam e conversavam,
Outros, ali se enlaçavam.
Beijos quentes, língua a solta a procura de outra,
Mãos que algo buscavam, tateavam outros corpos,
apertava, amassava, se escondiam, reapareciam,
Mas sem nada encontrar,
Pois freneticamente voltava a procurar.
Hoje a praça é mais um local da lembrança,
Daquelas, que de voltar na mente não se cansa,
Das que me faz jovem, retorna a esperança
De voltar àquela praça, sentar em seu banco e reviver as lembranças.