Ondas turvas
Turvas as ondas
Que por nossa vida passam
Deixam saudades, recordações. . .
Apenas saudades,
Doce ilusão da existência
Num corpo deitado na areia,
Fazendo da areia o seu ataúde,
Espumas insurgem e apenas borbulham serenas
E escorrem pelas mãos.
Olhos de sal olham o azul do firmamento
E por breve momento
Ouvem a voz da razão
Envolta nas suas entranhas
Mas o céu vai embora
E volta escuridão. . .
E contorna o seu rosto
Somente na alma aflora
Um pouco da dor do amanha
Um pouco do sal que o consome devagar
E das ondas que veem e vão
E o levam de volta para o fundo mar