Casa vazia

Era casa vazia e muito pouco fazia

Não havia nem vida e nem ouvidos para ouvir.

E partes das histórias nela se perdiam

Pois vida ali inerte deixava de existir

Havia véus que cobriam todos os medos

Tentando em vão esconder as velhas conversas

Faladas as beiras, nervuras rasgadas

As meias palavras perdidas em segredo

Apenas vazia e sem alma a pobre casa

Cansada era corpo assentado na terra

Era ave sem bico sem penas sem asas

Era casa e sonho era dor era espera

Tudo e nada, era apenas o que restara

Incrustada na beira morta da estrada

Efêmero coração (era dia de ventania)

a lágrima rolava umedecendo o chão

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 08/10/2013
Reeditado em 08/10/2013
Código do texto: T4515978
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