Crepúsculo, tarde vermelha
Crepúsculo, tarde vermelha
Hálitos, cheiros de cores, fala,
exaltação da dor e da agonia
alguém de mim não se lembra
a alma, anoitecendo, cala,
A lua enorme, a lua branca, a lua calma,
o meu amor escondi-o no mar,
febril leva as noites a chorar
evaporando as pedras ao luar.
O vento ulula... Ronco no escuro
bate-lhe na porta fantasma negro
oh! Dor! Oh! Dor!
Rasga a montanha na noite sem cor.
A tarde em vermelho num festim radiante,
eu não esqueci, eu amo, eu te amo.
Na areia branca, onde o tempo começa
o teu nome, anoitece, eu te chamo.
Lakshmi
(L.T.)