Sublime palavras
Sublime
as palavras que ainda trago em meu peito
e que as escrevo até mesmo sem muito jeito.
Ainda trago em mim resquícios da minha infância,
da inocência, da doce ignorância, do pouco saber.
Dos longos e gélidos invernos,
das manhãs envolvidas pela neblina,
das intermináveis garoas,
uma chuvinha úmida e fina.
E o verão, de tardes quentes em um sol ardente,
nos jogos de rua,
esconde-esconde, queimada, pique-pique, amarelinha,
brincávamos até o aparecer da lua,
ou ao surgir das trovoadas que trazia chuvarada
que lavava toda a rua.
Quanta emoção
Ainda trago dentro do peito as palavras e as escrevo sem jeito
talvez por algum defeito
em minha evolução.