DEVANEIOS
Que bom que os sonhos existem,
se não fosse assim não haveria beijos,
abraços e até com a mulher amada praticar
outras coisas sem sermos molestados...
Uma dessas noites passadas em
meio aos meus devaneios voltei uns
cincoenta anos atrás, e na flor da
idade passeei com minha namorada
e foram momentos inesquecíveis...
Nos sonhos era um tal de mãos dadas,
o pescoço dela encontrava-se meu braço
enrolado como se fosse um cachecol
em um inverno intenso e rigoroso.
Dois fatos permaneceram na sucessão
dos anos e nunca deixarão de existir,
o primeiro foi um prolongado beijo,
e o segundo um demorado entrelace em seu corpo...
Depois, bem depois o surgimento de
um novo dia que se desenrolou como
os que já morreram, a não ser
o aperto da saudade que este me causou...