SILHUETA
SILHUETA
Aparecia sempre na janela,
Atrás de uma cortina.
Com o seu corpo quase de menina,
Penumbra à luz de vela.
Anoitecia, ali estava ela,
A bailar em surdina.
Cuja aparição quase repentina,
Ao seu amor apela.
Certo dia, a coragem os venceu.
Ao contemplar a bela,
Que, surpreendentemente, abre a janela
E um sorriso lhe deu.
Desde então, nenhum minuto perdeu.
Chegaram na Capela,
Com lindo buquê de rosa amarela.
O Amor os convenceu.
Modalidade: SILVA ( Composição poética, alternando versos
de 10 e 6 sílabas métricas).