A NOITE!
Com seus passos cadenciados e sem
fazer qualquer alarde, ela chegou
abraçou-me ternamente como
se não fizesse há muito tempo.
Uns entrelaces foram como
suspiros de amor, outros
como se fosse para
embalar minhas saudades.
Permanecemos encaracolados em nossos abraços
por horas a fio, depois então nos recolhemos
para nossa cama movidos pelo conjunto
de nossos instintos.
Lá e ainda agasalhados fortemente
por nossos laços, baixinho iniciamos
um ameno diálogo, mas só eu traduzi
o que se passava em minha alma.
E assim por muitas vezes entornei
lágrimas que foram provocadas na descrição
de alguns trechos de minha história, cujos
ferimentos ainda latejam e doem.
De repente ela que chegou tão
mansamente deixou-me desaparecendo
com os primeiro raios de sol.
Agora aguardo a chegada da noite,
quem sabe ao vê-la e ser abraçado
por ela novamente, recorde como sempre vivi
minhas ilusões sozinho...